quarta-feira, 19 de junho de 2013

TROCA DE EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO ENTRE AGRICULTOR E AGRICULTORA CONSTRÓI O PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO PROJETO ATER



Para que a comunicação integrada exista, é preciso um trabalho de análise, planejamento e avaliação, isso foi o que aconteceu na oficina de planejamento das ações do projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), nos dias 22 e 23 de maio na sede da Cooperativa de Assistência a Agricultura familiar Sustentável do Piemonte (COFASPI), em Jacobina Bahia. Com o objetivo de planejar junto aos agricultores e as agricultoras familiares às ações dos técnicos nas comunidades, visando suas necessidades e anseios, contando com a presença e participação da equipe do projeto ATER técnicos e coordenadores juntos aos agricultores e agricultoras das comunidades de: Caém, Capim Grosso, Jacobina, Jacobina II, Miguel Calmom, Mirangaba, Serrolândia, Várzea Nova, que serão atendidos com a atuação do projeto nas suas produções agrícolas.
O momento iniciou-se com uma mística, onde o objetivo era ressaltar o plantio de uma semente, depositadas nelas as expectativas, esperanças e os desejos dos agricultores e agricultoras para os frutos futuros que as sementes da vida podem germinar. O clima de dinâmica, místicas, contação de histórias e causos, além de samba e muita alegria marcaram os dois dias de evento do projeto ATER executado e realizado pela COFASPI.
{Muito interesse nas Atividades em grupos}
As atividades de planejamento e avaliação foram realizadas com atenção e entusiasmo pelos participantes, na busca de melhorias para a vida no campo. As ações aconteceram em três etapas: na primeira, os grupos se reuniram por comunidades para identificar os pontos fortes e fracos existente nas suas localidades, em seguida apresentaram e socializaram os resultados.

Entre uma apresentação e outra, foi possível enfatizar a presença de um          Representante/Fiscal da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (SETRES), Edson Pinto. Ele que estava avaliando e acompanhando o projeto de apoio as Feiras Agroecólogicas, também desenvolvido pela COFASPI, vendo de perto como esta sendo a produção e o acompanhamento dos agricultores e agricultoras e execução dos projetos Feiras, “a preocupação da Superintendência – SESOL da SETRES é saber como este recurso esta sendo gasto”, relata Edson.
Edson parabeniza a COFASPI e todos os presentes pela belíssima oficina de planejamento e pela preocupação em melhorar essa interação entre os projetos que envolvem e apoia as feiras, incentivando a produção agroecólogica sem uso de produtos agrotóxicos e que também preserva o meio ambiente e produz alimentos limpos e saudáveis. E além da capacitação, assistência técnica, está ocorrendo o escoamento da produção, “em cada município a COFASPI esta buscando abrir o espaço para comercialização dessas feiras e quebrar esse grande gargalo que é o escoamento da produção”, ressalta Edson.                                 
             {Edson Pinto (Fiscal/SETRES)}
Para dar continuidade foram expostas e discutidas as potencialidades e dificuldades vivenciadas pelas comunidades. Em seguida, partiu para a segunda etapa de atividades, que foi visualizar nas comunidades as fortalezas e franquezas em relação: Cultura, Economia, Agroecologia, Recursos Hídricos, Ambiental, Social e Outras Rendas, também socializada e debatida entre a equipe do projeto ATER e as comunidades presentes, que lutam pela agricultura familiar solidária. A todo momento Robson Aglayton (Diretor COFASPI/ Coordenador ATER) incentivava as discussões das possíveis soluções para amenizar os problemas no campo, instigando-os agricultores e agricultoras pensar nas melhorias.
A realização do encontro entre comunidades proporcionou muita troca de experiência e conhecimento, é o que relata a jovem agricultora Joilma Santos (22 anos) de Caraíba, Serrolândia, Bahia, “é muito gratificante, é uma troca de experiência enorme quando a gente participa dessas reuniões, aqui pudemos ver nossos pontos positivos e negativos, um momento em que a gente aprende com os outros companheiros, pois somos de diferentes lugares, mas com o mesmo objetivo” afirma Joilma.

{Dinâmica anima os agricultores e agricultoras}

A terceira etapa de atividades foi fundamental para os técnicos avaliarem suas ações nas comunidades onde atuam, pois tratou da identificação das necessidades de cursos e atividades, analisado e exposto pelos agricultores e agricultoras. O Sr. Zecarias Cotinho (48 anos) (Itaitu, Jacobina), agricultor familiar, diz que essas são oportunidades de aumentar e levar mais conhecimento para o meio rural, no sentido que todos reconheçam seus valores na agricultura, e cuidar da saúde do meio ambiente, principalmente da água que esta escassa, “(...) a gente preservando é o caminho para que possamos viver dias melhores com a agricultura familiar” diz Sr. Zecarias.
Para encerrar o evento, no segundo dia de atividades, Leonardo Lino (Diretor Financeiro / Coordenador ATER) faz um diálogo sobre alguns esclarecimentos de pontos importantes para a agricultura familiar, como: Importância da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP); PROGRAMAS: O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); Participação interativa dos agricultores nos cursos realizados pelos técnicos; Garantia-Safra, entre outros assuntos.
Na avaliação de Itamar Duarte (Técnico/Animador) a oficina foi bastante produtiva, pois os produtores puderam dar suas opiniões de acordo as necessidades que cada comunidade tem, para que os técnicos possam saber melhor por onde trilhar suas ações e tentar atender as carências da comunidade, na luta pela convivência com o semiárido.
 
Registro dos dois dias de oficina do projeto ATER




Texto: Robervânia Cunha (Comunicadora Popular da COFASPI)
Fotos: Viviane Andrade (Auxiliar Administrativo ATER)


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