quinta-feira, 6 de junho de 2013

Curso de bombas: uma ação concreta para agricultoras e agricultores do semiárido baiano


                              

Ivanessa Brito
Comunicadora Popular-COFASPI

Promover um semiárido mais justo, com oportunidades e possibilidades é uma política institucional da COFASPI (Cooperativa de Assistência a Agricultura Familiar Sustentável no Piemonte). Dessa forma, aprender a manusear, construir, consertar e, principalmente, entender o processo e a importância da bomba de repuxo manual é uma das formas de inserir os agricultores e as agricultoras do semiárido nessa discussão em outra perspectiva, que é a de compreender todos os elementos que envolvem a tecnologia de captação de água de chuva para consumo humano – cisterna de 16 mil litros.
Com foco nesse objetivo da entidade o Projeto Cisternas II: Captação de Água para Consumo Humano no Semiárido Baiano realizou no mês de fevereiro de 2013 o curso de confecção de bombas para jovens rurais, que contou também com a participação de agricultores e agricultoras e de Agentes Comunitárias de Saúde (ACS), dos municípios de Caém e Caldeirão Grande - Bahia.
Este curso teve como objetivo formar e ensinar agricultoras e agricultores a confeccionar bombas manuais usadas para retirar água das cisternas de consumo, evitando assim a contaminação da água, além de aperfeiçoar e qualificar o gerenciamento de captação do recurso hídrico.


A bomba manual com gude tem a função de preservar a qualidade da água das cisternas, evitando que as famílias utilizem baldes ou outras vasilhas para retirada da mesma.
O curso teve como base uma metodologia dinâmica, popular e participativa, visando envolver ativamente todas as pessoas presentes e seus saberes e dando continuidade aos princípios metodológicos da COFASPI.
O encontro foi organizado em duas etapas: na primeira  discutiu-se sobre a necessidade e importância de lutar pela convivência com semiárido, através das tecnologias e armazenamento de água das chuvas, debateu-se sobre a indústria da seca, privatização e mercantilização da água, opressão à mulher dentro desse contexto, soberania alimentar e nutricional; no segundo momento foi dedicado a prática, construção da bomba manual.
Esse espaço de formação e troca de saberes resultou em muita aprendizagem, na capacitação das pessoas participantes e, culminou com a confecção de 40 bombas manuais. A proposta é que essa tecnologia seja difundida e multiplicada pelos/as agricultores (as) em suas comunidades, proporcionando também a geração de renda para as famílias.
                                                                                                         




Nenhum comentário:

Postar um comentário