sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Equipe do Projeto Mais Água II participou de curso para capacitação sobre a implementação de tecnologia social

                                                           Texto: Luna Layse Almeida - Ascom/COFASPI
Fotografias: Nara Lígia Almeida e Luna Layse Almeida


A atividade executada pela Cofaspi ocorreu no município de Caém/BA
Na comunidade rural chamada de Inácio João, que está localizada em Caém/BA, a equipe que integra o Projeto Mais Água II, executado pela Cooperativa de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte (COFASPI), e outros colaboradores participaram de um curso de capacitação em Técnicas para Construir a Cisterna Calçadão. A atividade foi na propriedade do lavrador Antônio Amorim, conhecido como Tonho, que desenvolve, há dois anos, o cultivo orgânico. Para ampliar a produção, ter segurança alimentar e melhorar a comercialização de hortaliças ele precisa de mais disponibilidade de água no local onde vive.
Antônio Amorim quer ampliar a produção orgânica e a comercialização de produtos
Por estes motivos, o lavrador Antônio Amorim foi selecionado para receber a tecnologia social. “Tô muito feliz”, explicou enquanto ajudava na construção. Durante o curso realizado sob a orientação do instrutor José de Anchieta, também contribuíram pessoas interessadas em aprimorar os conhecimentos na área, pedreiros, animadores de campo do Projeto Mais Água II e a coordenadora, Nara Lígia Almeida, o diretor presidente da COFASPI, Leonardo Lino, o colaborador Lécio Rodrigues, além de outros integrantes da cooperativa e alguns dos parentes do beneficiário Antônio Amorim.
Ao todo foram cerca de vinte pessoas que participaram do trabalho iniciado na sexta-feira (09). A maioria ficou, durante os dias da capacitação, hospedada na casa do lavrador Antônio Amorim ou de seus familiares que moram próximo. O convívio proporcionou maior aproximação, diálogo, socialização de experiências e também momentos de descontração, apesar do desgaste físico após as tarefas diárias que envolveram etapas como, por exemplo, a construção do piso da cisterna e placas de cimento.

Experiências - Um dos animadores de campo do projeto Mais Água II é Valdinei Ferreira, que atua em Ponto Novo/BA. Ele destacou que os aprendizados práticos poderão contribuir para o acompanhamento dos pedreiros cisterneiros que realizam construções de tecnologias sociais do Projeto Mais Água II.
Outro participante do curso foi Marcos Rodrigues, que aos 18 anos precisou sair do município baiano onde morava para buscar emprego em Brasília/DF. Trabalhou como tratorista em uma fazenda, onde também adquiriu conhecimentos da profissão de pedreiro, o que o ajudou a retornar para Ponto Novo/BA e atuar, por exemplo, na construção de cisternas. Sobre o curso em Caém/BA afirmou que ter trabalhado com um instrutor experiente como José de Anchieta sempre contribui nos aprendizados.
O agricultor José de Anchieta constrói cisternas há cerca de 30 anos
O agricultor José de Anchieta é conhecido pela habilidade de identificar métodos facilitadores na troca de saberes com os/as participantes. A primeira cisterna que construiu, há cerca de trinta anos em Várzea do Poço/BA, foi a de enxurrada para evitar que a família continuasse a fazer caminhadas diárias para buscar água em barreiros de vizinhos.

Mais Água II - Famílias de oito cidades da Bahia são beneficiadas pelo projeto, que tem parceria com o Governo do Estado da Bahia por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional/Secretaria de Desenvolvimento Rural e do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ao todo serão feitas 336 cisternas calçadão e 240 barreiros trincheira familiares. “Além de construir também temos que conhecer a realidade das comunidades”, ressaltou a coordenadora do Projeto Mais Água II, Nara Lígia Almeida, na avaliação da atividade realizada em Caém/BA.

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