quinta-feira, 28 de julho de 2016

Representantes da COFASPI participaram de apresentação do Projeto Pró-Semiárido, em Jacobina/BA

A apresentação do projeto foi realizada em Jacobina/BA
Na última terça-feira (26), foi realizada em Jacobina/BA a apresentação do Pró-Semiárido, projeto da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Governo da Bahia, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). A cerimônia contou com a presença de agricultores/as familiares, além de representantes de poderes públicos, associações comunitárias e entidades parceiras, a exemplo da Cooperativa de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte (COFASPI).
Durante o evento, realizado no auditório da Universidade do Estado da Bahia, em Jacobina/BA, o diretor executivo da CAR, Wilson Dias, destacou que o Pró-Semiárido irá abranger 32 municípios, valorizando experiências já desenvolvidas pelas famílias rurais com a assistência técnica e apoio no acesso a políticas públicas que possam fortalecer o trabalho das comunidades. “O projeto pretende gerar condições de renda e melhorar a qualidade de vida no Semiárido”, completou.
Agricultores familiares e parceiros do Pró-Semiárido estiveram na cerimônia
Nas ações de assistência técnica rural, a COFASPI será uma das colaboradoras do Pró-Semiárido em comunidades do Território Piemonte da Diamantina. “O nosso papel é assessorar, elaborar um diagnóstico com levantamento de dados nos primeiros meses para identificação dos agricultores/as e fazer um trabalho com as comunidades rurais para conhecer suas potencialidades e fragilidades”, explicou o diretor-presidente da COFASPI, Leonardo Lino.
             A cooperativa firmou convênio com a Secretaria de Desenvolvimento Rural do Governo da Bahia, por meio da CAR, no final do mês de maio de 2016, e fará o acompanhamento de aproximadamente mil famílias no Piemonte da Diamantina. Para isso, irá contar com uma equipe formada por oito técnicos/as agrícolas e um/a profissional das ciências agrárias na coordenação do projeto, além de ter o auxílio técnico/operacional da CAR.

Projeto - O Pró-Semiárido é resultado de um acordo entre o Governo da Bahia e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) voltado ao fomento da segurança hídrica, produção agroecológica, comercialização de produtos da agricultura familiar e a agroindustrialização, além do fortalecimento de grupos produtivos no Semiárido.

Texto e fotos: Luna Layse Almeida – Ascom/COFASPI

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Pró-Semiárido

Nesta terça-feira (26), representantes de associações locais e entidades parceiras, a exemplo da ‪#‎COFASPI‬, se reúnem em Jacobina/BA para apresentar o Projeto Pró-Semiárido. A cerimônia também terá a participação do diretor executivo da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Wilson Dias.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

P1+2: Tecnologias sociais no Semiárido fortalecem produção de alimentos saudáveis

Implementação de cisterna de enxurrada em Capim Grosso/BA
No início deste mês de julho, a Cooperativa de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte (COFASPI) iniciou em Capim Grosso/BA a implementação de tecnologias sociais para captação e armazenamento de água da chuva, por meio do Programa Uma Terra e Duas Águas, conhecido como P1+2. No município, representantes das 40 famílias agricultoras, selecionadas para fazer parte do programa, são incentivadas a desenvolver o manejo agroecológico, que promove a convivência harmônica do homem com a natureza, dialogando ainda sobre temas relacionados à gestão da água e cuidados com os solos em ações de capacitação.
Serão implementadas 29 cisternas de enxurrada, quatro cisternas calçadão e sete barreiros trincheira familiar que são importantes tecnologias para o uso da água na agricultura, a fim de fomentar a soberania e segurança alimentar de famílias do Semiárido. “Foi uma coisa muito boa que aconteceu na minha vida. Eu ‘tô’ muito feliz”, afirmou o agricultor Pedro Calado, que mora na comunidade Mata do Estado e desenvolve, com a família, plantio de flores, produções agroecológicas de hortaliças e plantas medicinais.

Curso de GAPA e SISMA em Capim Grosso/BA


Ações em Capim Grosso - O uso indiscriminado de venenos ou agrotóxicos em lavouras prejudica o ecossistema. Além de afetar o ciclo do meio ambiente, provocam danos à saúde de quem aplica o produto e também aos consumidores/as dos alimentos contaminados. Fugindo dessa lógica, famílias que têm acesso a políticas públicas e projetos sociais, são incentivadas a desenvolver a agroecologia. Uma das principais pesquisadoras dessa área de estudo, a agrônoma Ana Maria Primavesi descreve em uma das suas reflexões, que “agroecologia não é uma alternativa excêntrica de cultivar o solo, mas a única possibilidade se pretendemos sobreviver em nosso Planeta” (2012 - O solo: A base da vida em nosso globo).
Para compreender ainda mais sobre a agricultura, com técnicas que preservam os recursos naturais do Semiárido, agricultoras e agricultores experimentadores participaram em junho dos cursos de Gerenciamento de Água para Produção de Alimentos (GAPA) e Sistema Simplificado de Manejo de Água para Produção (SISMA) do P1+2, socializando saberes a respeito da produção de alimentos saudáveis e o uso da água, evitando desperdícios. Segundo a técnica em agropecuária, Átila Sant’ana, que colaborou na mediação desta atividade, foram abordados temas como organização comunitária, alternativas de convivência com o Semiárido, soberania e segurança alimentar, economia solidária, preservação ambiental, além de distinções entre o modelo de agricultura convencional e as práticas agroecológicas.
Durante os cursos também foram realizadas práticas com orientações sobre técnicas que contribuem para a nutrição dos solos e o aproveitamento da água das chuvas. Foi na Casa do Menor, em Capim Grosso/BA, que agricultoras e agricultores acompanharam o processo de construção dos canteiros econômicos, essencial para diminuir o uso da água na irrigação das hortaliças produzidas pelas famílias agricultoras. Os participantes também esclareceram dúvidas sobre o controle de insetos prejudiciais às plantas, ouvindo as sugestões de uso dos biofertilizantes feitos com produtos naturais, como a mistura de água e pimenta, que ajuda a fazer o controle, por exemplo, do inseto popularmente conhecido como lagarta. Sobre esta questão, um dos mediadores da atividade prática, o técnico agropecuário Marcones Rios que trabalha na Casa do Menor, alertou ainda: “Se utilizarmos sempre o mesmo defensivo, o inseto se torna resistente, por isso é bom ter uma diversidade de defensivos naturais”.
Outra atividade sugerida às agricultoras e agricultores foi o processo de produção de um composto que contribui para nutrir os solos e é feito com a reutilização de folhagens, cinza, esterco, casca de ovo, restos de alimentos e sobras de frutas, entre outros produtos. O agricultor Altino Ribeiro da comunidade Tigre, que tem áreas de produção de verduras, destacou que o curso foi uma oportunidade de mais aprendizados. Os saberes ele pretende compartilhar com outras pessoas que ainda não conhecem essas técnicas essenciais para a proteção do meio ambiente e da saúde das famílias brasileiras.

Programa - Por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a COFASPI executa o P1+2 não só em Capim Grosso/BA, como também em Jacobina/BA, onde estão sendo implementadas outras 29 tecnologias para captação e armazenamento de água (cisternas calçadão) nas comunidades Estrada Nova e Pau Ferro, localidades em que também foram realizados cursos sobre gestão de água e fundamentos da agroecologia.

Na COFASPI, a equipe do programa, coordenado pelo agrônomo João Nunes, tem uma auxiliar administrativa, Deise Oliveira, e dois técnicos agrícolas, Rone Lima e Valdinei Ferreira, que atuam respectivamente em Jacobina/BA e Capim Grosso/BA. Também colaboram para a realização dos projetos, pedreiros e as famílias selecionadas para fazer parte do programa. “A princípio a tecnologia é voltada para a produção e consumo familiar de alimentos sadios, agroecológicos. (...) E depois, se a família começar a produzir em excesso, os produtos que eles não consumirem a gente pode tentar levar para as cadeias de comercialização”, afirmou o coordenador do P1+2 na COFASPI, João Nunes.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Ato em Juazeiro/BA e Petrolina/PE defendeu direitos de famílias do Semiárido

Ato reivindicou continuidade e avanço de políticas no Semiárido 
Integrantes da COFASPI participaram na segunda (11) do ato “Semiárido Contra o Golpe - Nenhum Direito a Menos” com presença do ex-presidente Lula, organizado pela Articulação Semiárido Brasileiro e pela Frente Brasil Popular, que reuniu famílias agricultoras, movimentos sociais, representantes políticos e da sociedade civil em protesto contra retrocessos em políticas públicas e ações de convivência com o Semiárido. A concentração ocorreu às 16h e os participantes fizeram travessia da ponte Presidente Dutra, que liga os municípios de Juazeiro/BA e Petrolina/PE.
Naidison Baptista (ASA) com o ex-presidente Lula 
Durante o ato, foram realizadas apresentações culturais e discursos de protesto em oposição a medidas do governo interino de Michel Temer que interferem em projetos e programas sociais fundamentais para populações do Semiárido. Também houve reivindicações em prol da continuidade e avanço na garantia de direitos que contribuem para a soberania alimentar de milhares de famílias. “Nós precisamos lutar contra o golpe e entender um conjunto de coisas que estão acontecendo (...). A vida no Semiárido mudou porque nós construímos um conjunto de políticas que foram aplicadas e mudaram o Semiárido. Deram oportunidade para que os homens e mulheres mostrassem o que eles são”, afirmou um dos coordenadores da Articulação do Semiárido (ASA), Naidison Baptista.
Nos últimos 12 anos, a implementação de políticas voltadas, por exemplo, para a assistência técnica e acesso à água favorecem a autonomia de famílias agricultoras. No entanto, ameaças como a extinção dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) colocam em risco direitos já conquistados. Durante discurso, o ex-presidente Lula destacou a importância da agricultura familiar para a produção de alimentos que chegam à mesa dos/as brasileiros. “Ninguém mais vai dizer que o povo do Semiárido não é capaz. Que o Semiárido não pode produzir e que as pessoas que moram aqui têm de ir para São Paulo ou Rio de Janeiro (...)", afirmou.


* O discurso do ex-presidente Lula está disponível na íntegra em: https://soundcloud.com/institutolula/ato-semiarido-contra-o-golpe

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Semiárido Contra o Golpe

SEMIÁRIDO CONTRA O GOLPE | Famílias agricultoras e movimentos sociais se reúnem, nesta segunda (11), em protesto contra retrocessos que ameaçam os direitos sociais de povos do Semiárido. A equipe‪#‎COFASPI‬ também estará presente no ato político “Semiárido contra o Golpe - Nenhum direito a menos” com concentração na orla de Juazeiro/BA, às 16h.

Foto e montagem: Articulação no Semiárido

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Agricultoras e agricultores de Miguel Calmon/BA participaram de “Dia de Campo”

A atividade ocorreu na comunidade Cabral, em Miguel Calmon/BA
Na manhã da última quarta (6), reunidos na associação da comunidade Cabral, em Miguel Calmon/BA, agricultoras e agricultores familiares com integrantes do projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), executado pela COFASPI, conversaram sobre temas relacionados a agroecologia e cuidados para garantir o crescimento saudável das plantas. Como os diversos seres vivos, os vegetais precisam de alimento. E são os solos que fornecem os nutrientes necessários para o metabolismo das plantas.
            Entre diálogos e troca de saberes, os/as participantes “Dia de Campo” socializaram aprendizados sobre o uso de biofertilizantes para afastar insetos das hortas e a produção de compostos feitos com o aproveitamento de produtos naturais, como restos de alimentos; cinza e esterco, por exemplo, para nutrir o solo. Ao ouvir as orientações, o agricultor Carmerindo Gomes se surpreendeu e explicou que, aos 77 anos, pela primeira vez conheceu a técnica da cobertura de solo, com o manejo de plantas para proteger a terra. “Se essa explicação eu soubesse antes (...) ia viver mais”, completou ao enfatizar os benefícios da agricultura sustentável para o meio ambiente e a saúde humana.
            Outro agricultor, Usan Santos, 54 anos, fez questão de levar um grupo de pessoas até o quintal da sua casa, próximo à associação, para ver de perto a horta onde produz alimentos, de forma agroecológica, que garantem o consumo familiar. Em seguida, a continuidade do “Dia de Campo” foi com atividades práticas na propriedade da agricultora Rosicleide Brito, que mostrou o modo como ela faz um composto, resultante da decomposição de restos vegetais e outros produtos, para utilizar na horta onde produz alimentos saudáveis com o auxílio da família, que também colabora na comercialização do excedente de frutas e verduras na feira. “A gente tem que (...) aprender a respeitar o solo para produzir alimentos de qualidade”, afirmou durante a atividade. Ao final, todos acompanharam ainda orientações práticas do técnico Marcos Sampaio sobre biofertilizantes.

Texto e fotos: Luna Layse Almeida - Ascom/COFASPI

Cobertura fotográfica:

O agricultor Carmerindo Gomes (à direita) ficou surpreso com a técnica da cobertura de solo
O agricultor Usan Santos tem horta para o consumo familiar
Tomate produzido no quintal do agricultor Usan Santos
Rosicleide Brito (à esquerda) comercializa alimentos agroecológicos
Horta da família da agricultora Rosicleide Brito