quinta-feira, 29 de maio de 2014

GAPA DESPERTA OLHAR ATENCIOSO SOBRE COMO CONVIVER NA REGIÃO SEMIÁRIDA


Nos dias 21, 22 e 23 de maio, aconteceu na comunidade de Saracura, município de Jacobina, a capacitação de Gestão de Água de Alimentos para Produção (GAPA), contando com a participação de mais de 30 (trinta) agricultores e agricultoras que conquistaram as tecnologias de captação e armazenamento de água de chuva para a produção. Essa capacitação faz parte do Programa Uma Terra e Duas Águas - P1+2, da Articulação Semiárido Brasileiro – ASA, executado pela Cooperativa de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte - COFASPI. E financiado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS.

Durante as atividades, foram discutidas e refletidas algumas temáticas que envolvem a convivência com o Semiárido e a agricultura familiar. Além da apresentação do processo de construção, mobilização e execução do P1+2, pelo coordenador Gilvando Souza, saciando as dúvidas das famílias que serão atendidas pelo projeto. “Essa é uma conquista de vocês. Por isso é essencial a participação das famílias nos encontros de capacitação e intercâmbios e no momento da construção. Além de serem momentos de troca de experiências, que ambos podem levar para casa”.


No decorrer da capacitação, foi marcante a participação de todos/as, principalmente no segundo dia após as discussões de convivência no Semiárido, pois os participantes levaram um símbolo do que acreditavam representar o Semiárido existente na sua comunidade. E expressaram a importância de entender melhor sua região e procurar estratégias de conviver de forma positiva, aproveitando todas as riquezas do sertão.

Seu Irineu, ressaltou da alegria de estar presente na capacitação. “Esses encontros são importantes, pois são momentos que a gente entende a nossa realidade. Entende que é preciso conviver e não combater a seca”.

No terceiro dia, foram feitas visitas nas propriedade de famílias atendidas no termo passado pelo P1 +2, para fortalecer o quanto vem dando certo a produção a partir dessas tecnologias. A primeira visita foi na roça do Sr. José Alquino, que conta com uma produção diversificada de frutas, produção de milho consociado com feijão de corda, abóbora e melancia. E estar iniciando a produção de hortaliças. Em seguida, teve a visita na casa de dona Gildente, que recebeu todos/as com um largo sorriso.  “Estou muito feliz! Aqui antes era difícil para produzir, mas depois da cisterna olha como tá. De tudo procuro produzir um pouco, já não compro muita coisa na feira”.






Robervânia Cunha, Comunicadora Popular/COFASPI



quarta-feira, 28 de maio de 2014

Nordeste comemora a implantação de 20 mil estruturas hídricas de produção no semiárido

O secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Cezar Lisboa, participa nesta quarta – feira, 28, do ato público que vai celebrar a construção de 20.060 tecnologias sociais para captação de água, destinadas a produção no semiárido nordestino. O evento acontece na comunidade de Saco do Correio, no município de Serrinha, com a presença da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campelo, do governador da Bahia, Jaques Wagner, do secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Cezar Lisboa, da presidente da Petrobras, Graça Foster, dos representantes da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) e das famílias beneficiárias. A iniciativa é fruto do contrato firmado entre a ASA, que tem atuação nos nove estados nordestinos e a empresa Petróleo Brasileiro S/A – Petrobras. Do total dessas estruturas construídas, 4.796 foram implementadas na Bahia, pelo Governo do Estado, por meio da Sedes, beneficiando 23.980 pessoas na região.

Parceria – A ASA Bahia é um fórum estadual que reúne organizações da sociedade civil para atuar em prol da convivência com o semiárido, por meio da construção de estruturas hídricas de consumo e produção. Atualmente, 17 entidades ligadas à ASA, executam ações em parceria com a Sedes, em todo estado. De acordo com o Programa de Cisternas, foram implementadas no Território do Sisal, aproximadamente, 2.000 cisternas para consumo humano, além de 790 estruturas hídricas para captação de água para produção.





Fonte: Sedes – Ba 
Fotos: Mirian Oliveira (Apaeb)

Carta Política do III ENA

“Cuidar da Terra, Alimentar a Saúde e Cultivar o Futuro”. Com este lema, o III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) reuniu-se entre os dias 16 e 19 de maio de 2014 na cidade de Juazeiro-BA. Com o público de mais de 2.100 pessoas vindas de todos os estados brasileiros, fizeram-se representar trabalhadores e trabalhadoras do campo, portadores de diferentes identidades socioculturais (agricultores familiares, camponeses, extrativistas, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais, ribeirinhos, faxinalenses, agricultores urbanos, geraizeiros, sertanejos, vazanteiros, quebradeiras de côco, catingueiros, criadores de fundos em pasto, seringueiros) , técnicos, pesquisadores, professores, extensionistas e estudantes, além de gestores convidados. Com a presença majoritária de trabalhadores e trabalhadoras rurais, nosso encontro alcançou participação paritária entre homens e mulheres, contando também com expressiva participação das juventudes.

A fase preparatória com as 14 Caravanas Agroecológicas e Culturais e o III ENA produziram claras evidências da abrangência nacional que assume hoje a agroecologia em todos os biomas brasileiros como referência para a construção de caminhos alternativos aos padrões atualmente dominantes de desenvolvimento rural impostos pelo agronegócio. Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras do campo incorporam a proposta agroecológica como caminho para a revalorização do diversificado patrimônio de saberes e práticas de gestão social dos bens comuns e de reafirmação do papel da produção de base familiar como provedora de alimentos para a sociedade.

No III ENA pudemos constatar que a incorporação do enfoque agroecológico é também expressão da resistência da produção camponesa e familiar às crescentes pressões sobre ela exercidas pela ocupação de seus territórios pelo agronegócio e pelos grandes projetos de infraestrutura e de exploração mineral. Na análise que realizamos sobre os conflitos territoriais que se intensificaram nos últimos 15 anos, com o favorecimento das políticas públicas à expansão do grande capital no campo, constatamos que ao resistir em seus lugares de vida e produção, a agricultura familiar camponesa e os povos tradicionais produzem respostas consistentes e diversificadas para críticas questões que desafiam o futuro de toda a sociedade.
Reforma agrária e reconhecimento dos territórios dos povos e comunidades tradicionais, a afirmação da nossa sociobiodiversidade, conflitos e injustiças ambientais, agrotóxicos e seus impactos na saúde, acesso e gestão das águas, articulação ensino, pesquisa e ater, educação no campo, sementes da diversidade, abastecimento e construção social de mercados, normas sanitárias, financiamento e agroecologia, plantas medicinais, agricultura urbana, e comunicação, foram alguns dos temas abordados.

Ao realizar com êxito o III ENA no Ano Internacional da Agricultura Familiar Camponesa e Indígena, reafirmamos nosso compromisso e nossa disposição de luta pela transformação da ordem dominante nos sistemas agroalimentares, apontando a agroecologia como o caminho que desde já se coloca como a única alternativa na disputa contra a violência imposta pelo agronegócio e outras expressões do grande capital sobre os territórios nos quais a agricultura familiar camponesa e povos e comunidades tradicionais vivem e produzem historicamente para alimentar o nosso povo numa sociedade organizada sobre bases democráticas e de respeito aos direitos da cidadania.


Fonte: http://www.agroecologia.org.br/

terça-feira, 27 de maio de 2014

III Conferencia Baiana de Economia Solidária

Governador da Bahia Recebe membros do Fórum Baiano de Economia Solidária

O governador do estado da Bahia recebeu nesta segunda feira (26) comitiva do fórum Baiano da Economia Solidária para tratar de assuntos referentes à demanda do setor levantada na III Conferência Estadual de Economia Solidária.
A audiência com o governador teve participação de Luis Costa, membro do GREPS – Grupo Regional de Economia Solidária, que representa os empreendimentos do território e atua no acompanhamento e execução de políticas públicas de Economia Solidária na região de Bonfim, Cansanção e Jacobina, participaram também membros da ONG Vida Brasil, Arco Sertão, MOC, Rede de Alimentação, Adocci,  Coofe e Rede Moinho. Esta reunião era uma demanda antiga pautada pelos empreendimentos econômicos solidários que exigiram do governador políticas públicas mais concretas e menos burocráticas voltadas para o fortalecimento das iniciativas econômicas solidárias com atuação na Bahia e que para além de contribuírem significativamente para a redução da pobreza, constroem um país mais justo, solidário e sustentável pautado na valorização do ser humano e na autogestão tendo como base as práticas do trabalho democrático, coletivo e associado desenvolvido por homens e mulheres no campo e na cidade por todo estado.
Entre as principais demandas destacam-se: 1. A Regularização fundiária para os empreendimentos econômicos solidários; 2. Isenção de ICMS para os empreendimentos da economia solidária; 3. Garantir que o PNAE no âmbito do Estado seja executado ao menos os 30% previstos em lei para a Economia Solidária; 4. Garantir a criação dos Armazéns regionais da Agricultura Familiar e Economia Solidária, gerido pela sociedade civil, para facilitar a comercialização em rede; 5. Compras institucionais para além do PNAE, abrangendo outros produtos como fardamento, brindes, pastas, entre outros e a prestação de serviço (fornecimento de alimentação, coleta seletiva solidária, hospedagem, comunicação, atividades culturais, brindes, entre outros), que priorize os empreendimentos de economia solidária; 6. Reforma da lei estadual da economia solidária.
Após apresentação da demanda, de imediato o governo garantiu Isenção de ICMS para os empreendimentos e se comprometeu em estudar as propostas que ainda são possíveis na sua gestão e de apresentar ao candidato a sucessor do seu governo a demanda ora apresentada pelos representantes do movimento.
O Fórum Baiano de Economia Solidária avalia como positiva esta primeira conversa com o governador depois das tantas cobranças, principalmente após as manifestações da III Conferência Estadual de Economia Solidária que antecedeu a audiência.

Bahia realiza 3ª Conferência Estadual de Economia Solidária

“Construindo um Plano Nacional de Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável”

A Bahia realizou nos últimos dias 21, 22 e 23 de maio na cidade de Salvador, a 3ª Conferência Estadual de Economia Solidária com o tema: “Construindo um Plano Nacional de Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável”, que contou com a presença do Governador do Estado, Jaques Wagner, o ministro do Trabalho Manoel Dias, o Secretário da Secretaria Nacional de Economia Solidária professor Paul Singer, além de outras autoridades do Estado.

Na abertura, com a participação de cerca de 320 delegados/as vindos/as das 27 Conferências territoriais realizadas no estado da Bahia, Eleneide Alves, popularmente conhecida como Leninha, representante da ARCO SERTÃO cobrou do governador compromissos assumidos pelo mesmo para o fortalecimento da Economia Solidária no estado da Bahia, sobretudo no que se refere à comercialização dos produtos da Economia Solidária e Agricultura Familiar. Débora Rodrigues, membro da ONG Vida Brasil e do Fórum Baiano de Economia Solidária, destacou os avanços e as conquistas obtidas pelo Movimento de Economia Solidária na Bahia, a exemplo da aprovação da Lei Estadual de Economia Solidária e aumento das políticas voltadas para o setor através dos Centros Públicos de Economia Solidária – CESOL e de alguns editais de apoio às redes, às experiências de finanças solidárias, às feiras etc. Ao final de sua fala, Débora destaca que ainda há muito que avançar nas políticas públicas para o setor e cobra do governador uma audiência com o fórum baiano de Economia solidária, audiência esta que já vem sido tentada realização desde 2008. A cobrança da representante do fórum baiano foi aplaudida pelos presentes que exigiram do governador que uma data fosse agendada para a referida audiência. 

Em sua fala, o Governador Jaques Wagner, salienta a importância da economia solidária na superação da pobreza e fome no Brasil e destaca o aumento das políticas públicas no seu governo, ressaltando alguns desafios a serem superados. Por fim, agendou audiência para segunda feira (26 de maio).
A 3ª Conferência continuou nos dias seguintes com plenárias divididas por eixos em que discutiam:
Plenária Temática 01 - Produção, Comercialização e Consumo Sustentáveis;
Plenária Temática 02 - Financiamento: crédito e finanças solidárias;
Plenária Temática 03 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento; e
Plenária Temática 04 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas públicas.

Após debate e avaliação das propostas vindas das conferências territoriais, foram apresentadas por cada plenária temática, 10 propostas para a plenária final, onde após apreciação, debate e alteração, foram eleitas 42 propostas para compor o documento final da Conferência Estadual a ser apresentado à 3ª Conferência Nacional que será realizada em Brasília do período de 26  a 29 de novembro de 2014.

Ao final da Conferência 100 delegados e delegadas foram eleitos/as para representar a Bahia na conferência nacional, destes delegados 23 membros das entidades de apoio e Fomento à Economia Solidária, 46 Empreendimentos Econômicos Solidários e 22 gestores Públicos.

Em Brasília, com as propostas de todos os estados do país, será construído o documento Final da conferência, que servirá de subsídio norteador das políticas públicas de economia solidária no âmbito da federação.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

COFASPI sedia Fórum de Turismo da Câmera Técnica da Chapada Norte

Com o objetivo de atuar como um foro de discussão e consenso sobre as estratégias e prioridades de desenvolvimento turístico do circuito Chapada Norte, integrante da Zona Turística Chapada Diamantina, aconteceu no dia 14 de maio, na sede da COFASPI – Cooperativa de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte, localizada em Jacobina, o I Fórum de Turismo da Câmera Técnica da Chapada Norte.

Participaram do evento, Divaldo Borges, da diretoria de serviços turísticos da Bahiatursa, representantes dos municípios de Morro do Chapéu, Mirangaba, Pindobaçú, Senhor do Bonfim e Jaguarari, que apresentaram em slides e vídeos, os potenciais e particularidades turísticas de cada um. Mostrando que os mesmos têm capacidade para entrarem na Zona Turística Chapada Diamantina.

A Chapada Norte tem abrangência de 15 municípios, que são: Andorinha, Bonito, Caém, Campo Formoso, Jacobina, Jaguaguari, Miguel Calmon, Morro do Chapéu, Ourolândia, Pindobaçu, Piritiba, Sáude, Senhor do Bonfim, Vagner e Utinga.

Para Divaldo Borges, da diretoria de serviços turísticos da Bahiatursa, essa reunião foi bastante importante para o fortalecimento da Câmara Técnica Regional da Chapada Norte. “O fórum proporcionou uma maior cooperação entre os municípios para que os projetos de cada um sejam discutidos e levados ao foro. Isso é uma proposta da Câmara Técnica como estância de governança”.

José Crescêncio, coordenador geral da Câmera Técnica da Chapada Norte, considerou positivo o encontro. “Achei de bastante valia porque todos saíram daqui conscientes que não adianta cobrarmos os projetos do poder público, se não fizermos o nosso dever de casa, que são o inventário, roteiros, plano de marketing, levantamento da infraestrutura e uma série de coisas que devemos fazer juntos, para poder divulgar nossa região. Dever de casa este, que já começamos a fazer”, avaliou.  

Chapada Diamantina (Fonte: Setur) - A Chapada Diamantina reúne variados atrativos naturais e culturais, no coração do Estado da Bahia. Roteiro certo para quem busca paz e tranquilidade ou para quem está atrás de história e aventura. A vasta Mata Atlântica, campos floridos e planícies de um verde sem fim dividem a paisagem com toques de caatinga e cerrado. Imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras completam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina. 

Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do séc. XX, atua como órgão protetor de toda essa exuberância. 

terça-feira, 20 de maio de 2014

III Conferência Estadual de Economia Solidária

CONSTRUINDO UM PLANO NACIONAL DA ECONOMIA SOLIDÁRIA PARA PROMOVER O DIREITO DE PRODUZIR E VIVER DE FORMA ASSOCIATIVA E SUSTENTÁVEL.

Após realização de 27 Conferências Territoriais, com participação massiva dos empreendimentos econômicos solidários, entidades de apoio e fomento e representantes do poder público, será realizada dos dias 21 a 23 de maio, no Hotel Fiesta, em Salvador a 3ª Conferência Estadual de Economia Solidária. Participarão desta conferência 400 delegados/as representantes dos três segmentos que compõem o movimento da Economia Solidária, eleitos/as nas conferências territoriais.

A conferência, espaço de diálogo, avaliação e proposição das políticas públicas de economia solidária, propõe a criação de um Plano Nacional que dialogue entre os entes federativos e os membros do movimento, visando assim o fortalecimento das experiências econômicas solidárias de maneira a garantir o empoderamento dos protagonistas, sem perder de vista o trabalho associado, a autogestão e autonomia na perspectiva de uma economia que valorize a vida e suas formas de manifestação de maneira justa, democrática e, sobretudo sustentável.

A conferência Baiana está sendo realizada pela Secretaria de Trabalho Emprego Renda e Esporte em parceria com o Fórum Baiano de Economia Solidária e demais organizações com atuação na área.

domingo, 18 de maio de 2014

III ENA começa debatendo a importância da agroecologia no Brasil


Por que interessa à sociedade apoiar a agroecologia? Com essa pergunta, Maria Emília Pacheco, representante da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) deu início ao III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), na tarde desta sexta-feira, 16, na cidade de Juazeiro, na Bahia.
“Chegamos com as chuvas, os festejos de São João, para falar, mostrar, trocar, cuidar da terra, alimentar a saúde e cultivar o futuro. Somos 2 mil pessoas, destas 70% são agricultores e agricultoras e, destes, 50% são mulheres”, comemora Pacheco. “Essa mesa de abertura começa a responder a pergunta que nos traz aqui: “Por que interessa a sociedade apoiar a agroecologia?”
A provocação é também uma forma de apresentar o resultado do conjunto de atividades realizadas como momentos preparatórios para o ENA. Ao longo de um ano e meio foram realizados vários encontros estaduais e 14 caravanas territoriais que registraram os conflitos e as disputas geradas pelo agronegócio e pelos grandes projetos de infraestrutura desenvolvidos no País. “Esses projetos expulsam povos e comunidades, causam a perda da diversidade, das sementes, das culturas”, afirma Noemi Krefta do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).
Se por um lado as caravanas permitiram conhecer de perto as dificuldades enfrentadas pelas populações nos territórios, por outro trouxeram à tona as expressões da agroecologia. “Não são nichos, mas experiências bastante visíveis, trazem o enfrentamento organizado ao modelo tradicional, mas também se expressam nas sementes resgatadas e partilhadas, nas plantas medicinais, nos pequenos animais, nos alimentos saudáveis, na preservação da água, do espaço e ambiente onde vivem, retomam a cultura de povos e etnias, seja na música, na dança… É a afirmação das identidades de cada espaço”, explica Noemi.
A representante do MMC afirmou ainda que esse III ENA é também um espaço de discussão da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), avaliando como esse instrumento pode ser propulsor das demandas trazidas de todos os territórios brasileiros.
“Temos como desafio avançarmos nas lutas e politicas públicas que garantam esse projeto de agricultura, a agroecologia. A PNAPO tem o papel fundamental de dar suporte para que, junto com outras politicas, a agroecologia seja o projeto de agricultura para esse País”, afirma Noemi. E ela é mais enfática ao concluir: “Não há possibilidade de convivência para os dois modelos, para o agronegócios e para a agroecologia. A agroecologia é mais que um modelo de agricultura, é um modo de vida, um projeto de sociedade”.
Para Cássio Trovato , representante do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), a PNAPO faz parte de uma estratégia política de desenvolvimento e reconhece a luta das organizações e movimento sociais para a construção deste documento. “A forca da agricultura familiar, dos povos e comunidades tradicionais, da juventude, a luta de todos foi muito importante para que a presidenta Dilma Rousseff assinasse esses documentos”, reconhece Trovato.
Outro representante do governo federal, Selvino Heck, secretário-executivo da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, destacou a importantância da PNAPO e da agroecologia para a agricultura do País. “A agroecologia faz aparte de uma nova utopia real que estamos construindo nesse País e no mundo”, afirmou Heck.
Participaram ainda da mesa de abertura do III ENA representantes dos seguintes órgãos e instituições: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Secretaria-Geral da Presidência da República (SG-PR), Governo do Estado da Bahia, agências internacionais de cooperação, reitoria da Univasf, além de agricultores e agricultoras. O ENA acontece no campus da Univasf de Juazeiro até o próximo dia 19.
Por Viviane Brochardt

quinta-feira, 8 de maio de 2014

CONVITE: 1º Forum de Turismo da Câmera Técnica


Prezado (a) Senhor(a),

O objetivo da Câmara de Turismo é atuar como um fórum de discussão e consenso sobre as estratégias e prioridades de desenvolvimento turístico do Circuito Chapada Norte, integrante da Zona Turística Chapada Diamantina. A nossa região é rica em atrativos turísticos, que não são comercializados pelas operadoras e agências de turismo, por falta de uma política regional que hora vem sendo aplicada individualmente por um ou outro município.
Temos que mostrar aos representantes do governo, que estarão presentes no 1º Fórum de Turismo da Chapada Norte. Para tal, cada município deverá apresentar vídeo ou slides, com no máximo 10 minutos, mostrando os atrativos turísticos e sua infraestrutura.

      Objetivo Geral:
            Fortalecer a política do turismo naregião da Chapada Norte através da regionalização e descentralização com vistas ao estabelecimento de estratégias, ações e projetos em fluxo permanente entre as instâncias do poder federal, do estado e dos municípios.

·         Objetivos Específicos:
1 - Fortalecer a Câmara Técnica de Turismo através da revitalização/criação das Comissões Temáticas da Câmara: Segmentação de “Novos Produtos Turísticos” e Roteiros integrados;
2 - Realizar as reuniões itinerantes municipais, a fim de conhecermos e prestigiar todos os municípios envolvidos;
3 – Realizar oficinas de roteirização, para a criação de novos roteiros e consolidação dos existentes;
4 - Criar um núcleo de projetos, para buscarmos os recursos disponíveis, em âmbito Estadual, Nacional e Internacional;
5 –Criar comissões, para a busca de parcerias com entidades de ensino, a fim de qualificarmos nossos agentes ligados ao turismo, tais como: Guia de Turismo, recepção em hotelarias, camareiras, garçons, além dos praticantes de rapel, escaladas, arvorismo e etc.

A Câmara Técnica tem formação Tripartite, com a participação do setor público (federal, estadual e municipal), terceiro setor e privado, além das instituições de ensino superior (públicas e privadas).
O mapa turístico da Bahia é composto de 13 zonas turísticas, sendo a Chapada Diamantina composta de 04 circuitos: Chapada Diamantina, Chapada Ouro, Chapada Velha e Chapada Norte, sendo este último formado pelos municípios de: Andorinha, Bonito, Caém, Campo Formoso, Jacobina, Jaguarari, Miguel Calmon, Morro do Chapéu, Ourolândia, Pindobaçu, Piritiba, Saúde, Senhor do Bonfim, Utinga, e Wagner.
O que estamos propondo é a união dos municípios envolvidos, para juntos podermos buscar os recursos que estão disponibilizados pelo governo federal (Mtur, BNDS), governo estadual (Setur, Bahiatursa, Secult), dos bancos estatais e privados, sempre com foco no desenvolvimento turístico regional, promovendo a geração de negócios, empregos e renda para a melhoria da qualidade de vida da região.
Neste Fórum, será apresentada toda relação de documentos exigidos aos municípios, para a permanência no mapa turístico do estado e obter recursos financeiros para aplicação em seus projetos.
Temos já a confirmação da presença do Sr. Divaldo Borges, (Bahiatursa) e Sr.ª Ússula  Pinto (Setur), entre outras entidades.
Nosso encontro acontecerá:

Dia:14.05.2014
Local: COFASPI – Rua da Aurora, 90 – Bairro: Leader – Jacobina – Ba    
Contato: 74 3622.0017

Atenciosamente,
José Crescêncio da Cruz  
Coordenador Geral