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experiências e ações realizadas cotidianamente em suas terras e propriedades
resulta em momentos ricos e alegres para agricultores e agricultoras em todo Semiárido.
Esses espaços se intensificam nos intercâmbios realizados pelo Programa uma
Terra e Duas Águas – P1+2, da Articulação Semiárido Brasileiro – ASA, que está
sendo executado no Território Piemonte da Diamantina pela Cooperativa de
Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte – COFASPI
e financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS.
Dessa forma, aconteceu no município
de Capim Grosso, (Bahia) o Intercâmbio Intermunicipal do P1+2, tendo como
objetivo fortalecer a agricultura familiar, a partir da troca de saberes entre
os agricultores e as agricultoras em torno das práticas agroecológicas. As
visitas foram acompanhadas pelo Coordenador do P1+2, Gilvando Souza. “Ficamos
felizes em proporcionar esses momentos de interação de agricultores e
agricultoras, mais ainda de ver as tecnologias contribuindo para melhoria de
vida do povo do campo. E que em um futuro próximo as pessoas que estão
visitando hoje sejam também visitadas por outras que serão atendidas pelo
projeto P1+2”, enfatiza Gilvando.
O
intercâmbio contou assim, com a participação de pessoas atendidas com as
tecnologias sociais voltadas para produção de alimentos e a criação de pequenos
animais. A ideia foi visitar famílias atendidas no termo passado, que vem
conseguindo aumentar a produção e comercializar, gerando uma renda familiar.
O
primeiro dia pela manhã, realizou-se duas visitas para conhecer a tecnologia
social Cisterna-Calçadão dando bons frutos para a agricultura familiar na
comunidade Mata do Estado. As visitas foi nas casas das irmãs Jucineide de
Jesus Silva e Soneta de Jesus Silva (Baíta). Ambas com boa produção de
hortaliças, que garante a segurança alimentar e nutricional de suas famílias e comercializam
o excedente na Feira Agroecológica de Capim Grosso.
Segundo
as irmãs a tecnologia trouxe um grande diferencial em suas vidas, pois antes
produziam bem menos, precisavam comprar muito do que hoje já adquirem em suas
propriedades. “Melhorou e muito, antes nem onde armazenar água a gente tinha,
nem da chuva e nem mesmo de carro pipa. (...) Depois da cisterna estamos
plantando mais coisas, que dar para tirar o de casa e levar um pouco para a
feirinha”, diz Baíta.
Outro lugar de aprendizagem, durante
a parte da tarde, se deu na Horta Casa do Menor, local esse que contempla
algumas diversidades de hortaliças. Assim, foi possível conhecer a partir da interação
com um dos responsáveis da Horta Judson, a forma de plantio do espaço, como
também tempo de plantar e colher, para não perder a produção, adubação,
compostagem orgânica e o cuidado diário com a irrigação da horta.
No
dia seguinte, logo cedo, o grupo de agricultores/as foi visitar a Feira
Agroecológica de Capim Grosso, além de conhecer o trabalho dos produtores/as,
os participantes ficaram animados com o resultado de garra e resistência de
outras pessoas que já foram contemplados no termo passado, comercializando
mesmo no período difícil de estiagem. Para encerrar bem do dia, os/as feirantes/as
contaram um pouco do processo, das reuniões e da união do grupo para conseguir
articular e organizar a Feira Agroecológica de Capim Grosso.
A
implantação da Feira, aconteceu por intermédio do Projeto: Promoção
e Fortalecimento de Fundos Rotativos Solidários e Feiras Agroecológica
Solidária no Território Piemonte
da Diamantina - Estado da
Bahia, executado pela COFASPI.
Um dos objetivos centrais do projeto dá-se pela criação da Rede de Feiras
Agroecológica Solidária do
Piemonte da Diamantina
(REFAS), que tem como
proposta criar um
Fundo Rotativo permanente
para que o
grupo possa aumentar a
produção e caminhar
com suas próprias
pernas, com autonomia.
“O
mais importante e o que faz esse grupo está aqui hoje é união que nós temos, se
não fosse isso não tínhamos conseguido nada”, relata Marcone (Feirante).
“Sempre que têm esses momentos assim,
eu gosto de participar e levar as experiências dos nossos companheiros
agricultores ai pra casa. É uma troca de saber mesmo e muito boa”, diz
Durvalino dos Santos.
Robervânia Cunha, Comunicadora Popular da COFASPI/P1+2
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