A
programação do dia (25 de Julho) foi destacada pela metodologia participativa
do Carrossel, na qual os/as agricultores/as experimentadores/as trocaram suas
experiências exitosas (familiares ou comunitárias) entre demais agricultores e
agricultoras de diferentes regiões. Dessa forma, o carrossel foi organizado em
oito eixos temáticos com as seguintes experiências:
Comunidade
Lutanda (Projeto Mais Água)
O
agricultor familiar experimentador, Murilo Mendes, compartilhou sua experiência
na produção agroecológica de alimentos como: hortaliças, mandioca, maracujá,
mamão, pinha, quiabo e cultivo do mel através da apicultura, na comunidade
Lutanda, município de Pindobaçu. Ele contou as estratégias utilizadas para
repelir insetos da lavoura, e destacou também que com a tecnologia social que ele será beneficiado com o "Projeto Mais Água" vai garantir a produção de alimentos mesmo
no período de estiagem.
Comunidade
Inácio João (Projeto Cisternas e ATER)
Janete
agricultora experimentadora apresentou sua vivência junto com outras
companheiras da comunidade Inácio João, acerca do beneficiamento do licuri.
Além disso, a agricultura relata sua experimentação com o cultivo de hortaliças
e através disso ela produz caseiramente o tempero de alho “Tempero da Janete”.
A agricultura fala com entusiasmo sobre seu afeto pela vida no campo, pelo
semiárido e incentiva aos demais agricultores/as pela permanência na roça.
Grupo
de Mulheres Experimentadoras do Assentamento Vila Nova (P1+2)
O
grupo de oito mulheres compartilhou a experiência de luta e resistência no
Assentamento Vila. Nesse sentido, produzem alimentos, sem agrotóxicos, como
frutas, verduras e hortaliças usados na alimentação da família e o excedente é
comercializado nas feiras locais. Elas relatam que a auto-organização das
mulheres melhorou a qualidade de vida no campo, na alimentação e contribuindo
como fonte de renda para as mulheres.
Feiras
Agroecológicas Solidárias
A
sala temática representada pelo Projeto de “Programa e Fortalecimento dos
Fundos Rotativos Solidários e Feiras Agroecológicas” contou com a presença da
comissão que representa a Redes de Feiras Agroecológica Solidárias do Piemonte
da Diamantina (REFAS Piemonte), Juliana Alves (2ª Secretária), Maria Givaneide
de Silva (1ª Secretária) e Zenaide Maria (2ª Tesoureira).
A
comissão relatou um pouco da forma de gestão e organização da Rede Feiras, além
das experiências vivenciadas no campo, nos intercâmbios e nas feiras, através
do manejo agroecológico da produção e do comércio justo e solidário na feira.
Citaram também experiência de fundo rotativo solidário familiar, comunitário e
em rede. Elas ressaltaram a necessidade de lutar contra os agrotóxicos e nesse
sentido passaram um abaixo assinado contra as multinacionais que produzem os
venenos/ agrotóxicos.
Maria
Givaneide frisou a importância da junção e adaptação entre os projetos
executados pela COFASPI, uma vez que fortalece o desenvolvimento e
fortalecimento da rede e dos demais projetos.
Grupos
de Agricultores/as Experimentadores do Movimento de Organização Comunitária
(MOC)
O Senhor Idelmiro, agricultor da comunidade de Mandaçaia, município de Riachão do Jacuípe e Senhor Pavão da comunidade de Malhada da Areia, município de Araci. Apresentaram as experiências de como fazem para estocar água, semente, como funciona o sistema da agroecologia e a economia solidária.
Outra experiência trazida pelo MOC foi a de Dona Terezinha, agricultora e militante do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR), que relatou sobre pluviometria do Território do Sisal, onde mora.
Experiência da Associação da Quilombola-AQUIBOM
Essa temática socializou a experiência das
comunidades quilombolas de Monteiro e Bom Jardim,município de Caém, do processo
de muita luta para conseguir montar a Associação de Produtores de Mandioca de
Bom Jardim e Monteiro-AQUIBOM. Assim como, as conquistas que estão conseguindo
após a constituição da Associação.
Encerramento
Ao
final do dia cada grupo se reuniu na plenária e foi apresentado ao coletivo a
sistematização dos aprendizados, das trocas de experiências vivenciadas em cada
sala temática. A agricultora Veraneide comentou sobre o aprendizado e a troca
de saberes que esse espaço proporcionou para sua prática: “Hoje aqui foi só aprendizado, está sendo muito importante, muito
gratificante, cada sala que a gente chega é um assunto diferente, tem coisas
que a gente já trabalhava e outras que a gente ainda não conhecia, como por
exemplo, o defensivo natural da mistura do ‘nim’ com a urina da vaca, que fica
mais forte e com mais qualidade.” (Veraneide, Comunidade Jenipapo, Saúde)”.
A
noite cultural ficou por conta do som regional dos sambadores de das
comunidades de Coqueiros e Palmeiras do município de Mirangaba, que fez o povo
sacudir, festejar e manifestar a cultura popular do sertão.
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