sexta-feira, 9 de agosto de 2013

METODOLOGIA DO CARROSSEL FOI DESTAQUE NA PROGRAMAÇÃO 1º DIA



A programação do dia (25 de Julho) foi destacada pela metodologia participativa do Carrossel, na qual os/as agricultores/as experimentadores/as trocaram suas experiências exitosas (familiares ou comunitárias) entre demais agricultores e agricultoras de diferentes regiões. Dessa forma, o carrossel foi organizado em oito eixos temáticos com as seguintes experiências: 
Comunidade Lutanda (Projeto Mais Água)

O agricultor familiar experimentador, Murilo Mendes, compartilhou sua experiência na produção agroecológica de alimentos como: hortaliças, mandioca, maracujá, mamão, pinha, quiabo e cultivo do mel através da apicultura, na comunidade Lutanda, município de Pindobaçu. Ele contou as estratégias utilizadas para repelir insetos da lavoura, e destacou também que com a tecnologia social que ele será beneficiado com o "Projeto Mais Água" vai garantir a produção de alimentos mesmo no período de estiagem.

Comunidade Inácio João (Projeto Cisternas e ATER)
Janete agricultora experimentadora apresentou sua vivência junto com outras companheiras da comunidade Inácio João, acerca do beneficiamento do licuri. Além disso, a agricultura relata sua experimentação com o cultivo de hortaliças e através disso ela produz caseiramente o tempero de alho “Tempero da Janete”. A agricultura fala com entusiasmo sobre seu afeto pela vida no campo, pelo semiárido e incentiva aos demais agricultores/as pela permanência na roça.

Grupo de Mulheres Experimentadoras do Assentamento Vila Nova (P1+2)

O grupo de oito mulheres compartilhou a experiência de luta e resistência no Assentamento Vila. Nesse sentido, produzem alimentos, sem agrotóxicos, como frutas, verduras e hortaliças usados na alimentação da família e o excedente é comercializado nas feiras locais. Elas relatam que a auto-organização das mulheres melhorou a qualidade de vida no campo, na alimentação e contribuindo como fonte de renda para as mulheres.


 
Feiras Agroecológicas Solidárias
A sala temática representada pelo Projeto de “Programa e Fortalecimento dos Fundos Rotativos Solidários e Feiras Agroecológicas” contou com a presença da comissão que representa a Redes de Feiras Agroecológica Solidárias do Piemonte da Diamantina (REFAS Piemonte), Juliana Alves (2ª Secretária), Maria Givaneide de Silva (1ª Secretária) e Zenaide Maria (2ª Tesoureira).
A comissão relatou um pouco da forma de gestão e organização da Rede Feiras, além das experiências vivenciadas no campo, nos intercâmbios e nas feiras, através do manejo agroecológico da produção e do comércio justo e solidário na feira. Citaram também experiência de fundo rotativo solidário familiar, comunitário e em rede. Elas ressaltaram a necessidade de lutar contra os agrotóxicos e nesse sentido passaram um abaixo assinado contra as multinacionais que produzem os venenos/ agrotóxicos.
Maria Givaneide frisou a importância da junção e adaptação entre os projetos executados pela COFASPI, uma vez que fortalece o desenvolvimento e fortalecimento da rede e dos demais projetos.


Grupos de Agricultores/as Experimentadores do Movimento de Organização Comunitária (MOC)



O Senhor Idelmiro, agricultor da comunidade de Mandaçaia, município de Riachão do Jacuípe e Senhor Pavão da comunidade de Malhada da Areia, município de Araci.  Apresentaram as experiências de como fazem para estocar água, semente, como funciona o sistema da agroecologia e a economia solidária.









Outra experiência trazida pelo MOC foi a de Dona Terezinha, agricultora e militante do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR), que relatou sobre pluviometria do Território do Sisal, onde mora.






Experiência da Associação da Quilombola-AQUIBOM



Essa temática socializou a experiência das comunidades quilombolas de Monteiro e Bom Jardim,município de Caém, do processo de muita luta para conseguir montar a Associação de Produtores de Mandioca de Bom Jardim e Monteiro-AQUIBOM. Assim como, as conquistas que estão conseguindo após a constituição da Associação.


Encerramento
Ao final do dia cada grupo se reuniu na plenária e foi apresentado ao coletivo a sistematização dos aprendizados, das trocas de experiências vivenciadas em cada sala temática. A agricultora Veraneide comentou sobre o aprendizado e a troca de saberes que esse espaço proporcionou para sua prática: “Hoje aqui foi só aprendizado, está sendo muito importante, muito gratificante, cada sala que a gente chega é um assunto diferente, tem coisas que a gente já trabalhava e outras que a gente ainda não conhecia, como por exemplo, o defensivo natural da mistura do ‘nim’ com a urina da vaca, que fica mais forte e com mais qualidade.” (Veraneide, Comunidade Jenipapo, Saúde)”.
A noite cultural ficou por conta do som regional dos sambadores de das comunidades de Coqueiros e Palmeiras do município de Mirangaba, que fez o povo sacudir, festejar e manifestar a cultura popular do sertão.

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