Texto: Antonia Freitas
Maia Neta
Foto: Luna Layse Almeida |
Povo
guerreiro que convive com a seca, mas que também dispõe da nobreza da flora e da
fauna com uma caatinga diversificada.
Vou
recitar algumas riquezas, pois se fosse listar num caderno não caberia, passava
noite, passava dia, pense numa agonia, é muita coisa de valor: tem mandacaru,
palma, jurema, pau ferro, umbuzeiro, tamarineiro, cajueiro, ouxi coisa boa
tatu, perdis e nambu, cabra, bode e o danado do jumento, que atravessa muitas
léguas, arriégua, carregando seu dono no lombo em busca do sustento, pense que
este bicho tem destaque e faz parte da história desse povo de valor.
Sábios,
sim senhor: do couro do boi faz o gibão, do sisal a esteira, do barro faz a panela,
o jarro e até escultura do doutor.
É com
muito amor que essa gente coloca seu tempero na comida. Pense em um cardápio diversificado,
alimento bom é o que não falta. É canjica, mungunzá, beijú, rapadura, bolacha
de goma, galinhada, farofada, tudo degustado na beira da fogueira, regado aos
causos, moda de viola, samba de roda. É um muído agitado, que deixa muito cabra
animado.
Lutas,
batalhas, a este povo nobre nunca faltou. Força, vigor e resistência é a
identidade de um povo com o título de Nordestino, arretados e arretas, sim
senhora.
Nota sobre a autora:
Antonia Freitas Maia Neta é técnica em agropecuária |
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