“A gente precisa acreditar mais
na nossa região”. Momentos de reflexão, debates e dinâmicas, misturados com trocas
de experiências e conhecimentos de agricultores e agricultoras que fortalecem as
estratégias de convivência no Semiárido, marcou as capacitações de Gestão de
Água para Produção de Alimentos – GAPA, realizadas nos municípios de Capim
Grosso, Jacobina e Mirangaba, na Bahia.
As capacitações fazem parte das
ações do processo de mobilização social e formação do Programa Uma Terra e Duas
Águas – P1+2, da Articulação Semiárido Brasileiro - ASA, executado pela Cooperativa
de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte –
COFASPI e financiado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome
– MDS. Que visa implantar 303 tecnologias sociais, divididas entre
cisterna-calçadão, cisterna-enxurrada, barreiro-trincheira e barragem
subterrânea, previstas no programa.
No primeiro dia, além da
apresentação do P1+2, as entidades que estão executando e explicações mais detalhadas
sobre o funcionamento das tecnologias sociais, os instrutores/as abordaram sobre a contextualização das medidas de convivência no Semiárido. Buscando
sempre o compartilhamento de experiências entre os próprios agricultores e
agricultoras e também com os instrutores/as. “É bom a gente entender que esse é um
direito nosso, que construímos juntos, por isso temos que fazer um bom uso
dessas cisternas”, comenta Luisa.
Nos dias seguintes, as
atividades foram voltadas para a produção de alimentos saudáveis, com uso
adequando da água, tendo agroecologia como caminho sustentável para as famílias
trabalharem nas propriedades. Assim como, quintais produtivos, criação de
animais, técnicas de plantio, adubação orgânica, compostagem, entre outros
temas, discutidos de forma lúdica, através de dinâmicas, atividades em grupos,
vídeos documentários e visitas de campo. “É interessante essas práticas que a
gente viu no vídeo (Um Outro Olhar), como produzir várias plantas no mesmo
pedaço de terra”, fala Fabia.
As avaliações foram bastante positivas.
Sonhos, vontades, aprendizados e experiências, tudo misturado, deixando um
pouco de si e levando muito do outro, multiplicando e fortalecendo as ações de
convivência no Semiárido. “A vida é de aprendizado, a cada momento que você
participa mais, você aprende mais e isso é muito bom para termos uma vida
melhor na nossa região”, diz seu Antoniel.
Robervânia Cunha, Comunicadora da COFASPI
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