O Nordeste brasileiro é a região que concentra o maior número de produtores agroecológico em todo o país, são mais de 2 milhões de unidades de produção familiar que cultivam alimentos respeitando a natureza e toda a biodiversidade presente no ambiente de produção, sendo que os movimentos sociais que ligados à agricultura familiar estão atualmente concentrado esforços e incentivando esse sistema de produção que verdadeiramente leva alimentos à mesa dos brasileiros.
Toda essa discussão é pauta do I Encontro de Agroecologia do Nordeste realizado pela Federação de Estudantes de Agroecologia (Faeb), no período de 19 a 26 de fevereiro no Centro de Formação do Irpaa em Juazeiro. No encontro, participam 75 representantes de instituições sociais, estudantes, técnicos agrícolas e agricultores interessados na agroecologia, uma prática muito ligada à Convivência com o Semiárido uma vez que está voltada para a preservação dos recursos naturais inerentes à agricultura familiar, onde as pessoas e o meio ambiente estão diretamente beneficiados em todo o processo de produção, beneficiamento e comercialização da produção.
Diego Albuquerque, estudante de agronomia do Campus III da Uneb, lembra que toda a produção de alimento na agricultura deve respeitar as características de cada região, como ocorre como agricultores familiares que vivem na caatinga que se preocupam com a questão da terra, da flora e da fauna fazendo compostos orgânicos, cobertura do solo e práticas sustentáveis de criação de animais por exemplo. Diego lembra que toda a biodiversidade deve ser compreendida como uma aliada na forma de produção, o que não ocorre no agronegócio cuja lógica é pensada basicamente para a produção para a exportação fundamentada no monocultivo e uso intensivo de agrotóxico que tanto degradam o meio ambiente.
Nesse encontro com representantes da Bahia, Pernambuco e Piauí, vale ressaltar a participação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAP) Movimento dos Pequenos Agricultores (MAP) e Comunidades de Fundo de Pasto.
Fonte: IRPAA
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