quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Projeto Aguadas


O QUE É?

O índice pluviométrico (que mede a quantidade de chuva) no semiárido baiano é de 300 a 700 milimétros anuais. Essas chuvas seriam suficientes para as demandas hídricas da população local se as pequenas propriedades fossem dotadas de reservatórios adequados ao clima da região. Mas a falta de um amplo aproveitamento desta água é causadora da escassez nos períodos de seca.

Com o objetivo de reverter esse quadro, através do Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ), o Governo do Estado assinou, em dezembro de 2009, convênio com nove entidades vinculadas a ARTICULAÇÃO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO (ASA) para executar o Projeto Aguadas. O investimento é de R$ 8,2 milhões para disponibilizar água para dessendentação animal e para pequenas produções de hortaliças e fruteiras, garantindo condições dignas de vida para as comunidades.

BENEFÍCIOS

A expectativa é melhorar a qualidade de vida, a produção agrícola e a renda familiar de 1.374 famílias. Para isso, o Projeto realizará capacitações sobre como desenvolver estruturas que armazenam água de chuva para utilização no perído seco. São obras de baixo custo e fáceis de serem apropriadas e manejadas pela população, com impactos positivos no meio ambiente.

O Aguadas projeta melhorar a qualidade de vida das famílias beneficiadas e também combater a desertificação, pois o armazenamento de água ajuda a perenizar a umidade do solo.

AÇÕES E EXEMPLOS

Exemplos de armazenamento hídrico simples e barato são pequenas trincheiras, escavdas em camadas impermeáveis do subsolo para coletar a água de escorrimento superficial. Há também as bombas populares, utilizadas de forma a aproveitar poços já perfurados, manejadas de forma "manual". Outras opções são as cisternas de enxurradas e a limpeza e aprofumento de tangues, popularmente chamados de "aguadas", que servem para a coleta de água da chava.

No Projeto Aguadas serão comtemplados 620 barreiros trincheiras, revitalizadas 322 aguadas, construídas 130 cisternas de enxurrada e implantadas 33 bombas dágua populares (BAP).

CAPACITAÇÃO

O Projeto Aguadas também realizará cursos de capacitação com o tema Gerenciamento de recursos Hídricos Familiares, Convivência com o Semiárido e Meio Ambiente, com 16 horas de duração. O curso será direcionado para um representante de cada família beneficiada e também para representantes de famílias das comunidades do entorno, prevendo-se que cerca de 7 mil pessoas sejam capacitadas.

As próprias comunidades identificarão as famílias mais necessitadas para serem beneficiadas inicialmente pelo Projeto. Assim, não apenas as famílias diretamente atendidas participarão da implentação do Aguadas, mais um conjunto de pessoas estará envolvido, ou seja, os equipamentos serão apropriados por todos que forem treinados para implantá-los e conserva-los.

QUEM PARTICIPA

Com a verba do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), o Projeto Aguadas é executado pelo INGÁ, em parceria com a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA)e apoio técnico da Secreataria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Superintendência de Apoio à Agricultura Familiar (Suaf).

As novas organizãções que foram selecionadas em chamada pública possuem experiência de, pelo menos, dez anos com tecnologias de convivência com o semeárido brasileiro. Além do Governo Estadual e das entidades conveniadas, participam das tomadas de decisão do Aguadas as comunidades locais.


fonte planfeto Projeto Aguadas

A COFASPI, sediada em Jacobina é a entidade que vem executando o Projeto Aguadas. Os municípios atendidos são: Jacobina, Serrolândia, Saúde, Várzea Nova, Ourolândia e Umburanas.

Já foram escavados os barreiros trincheiras dos municiípios de Serrolândia, Saúde,Jacobina e Várzea Nova. Hoje as escavações iniciarão em Umburanas e por último Ourolândia. Sendo que, ainda estar previsto para estes mesmos municípios a construção de cisternas de enxurradas com capacidade de armazenar 50m³ e várias limpezas de aguadas.


As expectativas para o próximo ano é uma grande ampliação do projeto e com novas perspectivas, envolvendo novos temas (Sementes crioulas, Educação contextualizada, Agroecologia, etc). Estes temas estão sendo discutidos entre as entidades da ASA envolvendo as comunidades rurais.

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