Protestos em ruas do centro de Jacobina/BA |
“Sou trabalhador/a, defendo meus
direitos com orgulho e com amor!”. Músicas e gritos de ordem ecoaram em ruas do
centro de Jacobina/BA na manhã da última sexta (28), um alerta contra as formas de opressão sobre classes trabalhadoras. Foi por
volta das 8h30 que manifestantes caminharam pela Av. Orlando Pires, carregando
faixas e cartazes com mensagens de repúdio às reformas e leis que ameaçam direitos
trabalhistas conquistados historicamente. O protesto foi organizado por
sindicatos, movimentos sociais, associações, servidores
públicos e jovens de Jacobina/BA e municípios vizinhos.
Bloqueio de trecho da BR 324, em Jacobina/BA |
A estimativa divulgada é de que, em
média, mil pessoas participaram do ato, que bloqueou o trânsito de veículos em um
dos trechos da BR 324 onde os/as manifestantes se concentraram, durante pelo menos uma hora. “É dia de greve geral para mostrar a insatisfação do povo
brasileiro com medidas que atacam e destroem nossos direitos”, destacou uma das
organizadoras, Maria da Glória Nascimento – diretora, em Jacobina/BA, do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).
Após a saída da BR 324, o grupo
retomou a caminhada, seguindo para a Rua Sen. Pedro Lago, onde protestaram em
frente à Prefeitura Municipal. O ato foi encerrado na Praça Rio Branco, com
falas políticas de organizadores/as em agradecimento pela adesão à
greve geral, que em Jacobina/BA suspendeu aulas em diversas instituições
de ensino e retardou a abertura de lojas do comércio, no manifesto que
reivindica manutenção das condições dignas de trabalho e acesso à aposentadoria
da classe trabalhadora.
“É um dia histórico em Jacobina (...)
e nós vamos precisar de todos vocês, das mulheres, dos homens, dos
trabalhadores, dos estudantes, inclusive, para o enfrentamento daqueles que não
aceitam a gente parar a cidade por um dia em busca da garantia dos nossos
direitos, para que não tenhamos retrocessos”, afirmou um dos representantes da
Cooperativa de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do
Piemonte (COFASPI), Farnésio Bráz.
As ações de protesto e paralisações ocorreram
em diversas regiões do Brasil, na mobilização nacional convocada por centrais
sindicais do país contra a reforma da previdência, reforma trabalhista e lei da
terceirização. Propostas do Governo de Michel Temer (PMDB) que precarizam as
condições de trabalho, permitindo a terceirização de atividades fins das
empresas, aumento de jornada de trabalho, maior tempo de contribuição para
receber aposentadoria integral, redução do tempo de intervalo para repouso/alimentação,
além de autorizar mulheres grávidas a trabalhar em ambientes insalubres
mediante apresentação de atestado médico, dentre outras medidas.
Texto e fotos: Luna Layse Almeida - Ascom/COFASPI
Nenhum comentário:
Postar um comentário