sexta-feira, 8 de março de 2013

Projeto de Feiras Agroecológicas Movimenta Agricultores/as Familiares dos Municípios do Território Piemonte da Diamantina



Comercializar os produtos da agricultura familiar em espaço próprio e toda semana não é mais uma realidade distante para as/os agricultores/as do Território de Identidade do Piemonte da Diamantina, na Bahia. Desde o ano de 2003 esta prática vem se tornando frequente na região e com isto garantindo a pequenos agricultores inserção no mercado local. Eles garantem em média 800 reais por mês e com isto uma segurança a mais para continuar produzindo de forma agroecológica.

O  Projeto das Feiras Agroecológicas Solidárias do Piemonte realizado pela COFASPI (Cooperativa de Assistência a Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte) desde 2012, com o apoio do BNB e da SETRE-BA, tem como objetivo estimular e fortalecer através dos Fundos Rotativos Solidários, o grande potencial da agricultura familiar no abastecimento de feiras locais com produção de base agroecológica, dessa forma os alimentos produzidos são limpos, livres de agrotóxicos, com alto valor nutritivo e estão gerando impactos positivos na dimensão sócio econômica, na saúde da população urbana e rural dos municípios. 
Ressalta-se também, sua importância na preservação do bioma caatinga, na cultura regional do semiárido e nos hábitos alimentares tradicionais e camponeses.



Além disso, o projeto também oferece assessoria técnica, formação através de cursos e intercâmbios para as agricultoras e agricultores, bem com viabiliza equipamentos necessários para a montagem estrutural das feiras. As feiras abrangem dez municípios do Território de Identidade Piemonte da Diamantina (Saúde, Caém, Jacobina, Serrolândia, Miguel Calmon, Ourolândia, Várzea Nova, Umburanas, Capim Grosso e Mirangaba), atendendo cerca de  100 famílias.

Para a coordenadora da Rede, Janete Rodrigues da Silva, agricultora do município de Caém, estas ações irão contribuir para livrar os agricultores dos atravessadores, “onde tenham espaço para comercializar suas produções”. Ela indica que o maior desafio da consolidação da rede e das feiras é conscientizar as pessoas sobre a importância de uma agricultura orgânica.

Hoje as camponesas e os camponeses que já desenvolviam agricultura familiar de forma sustentável contam com esta organização para venda direta dos seus produtos. Outros encontram este canal para fortalecer ainda mais a prática da agricultura de forma sustentável.
Esta prática vem demonstrar as potencialidades do meio rural da região Semiárida baiana, que muitas vezes é vista e tachada como fonte de problemas sociais e econômicos. Neste sentido, atualmente, através de ações e organizações sociais em parceria com pessoas das comunidades, vem se construído uma ideia e uma prática de Convivência com o Semiárido.


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