quarta-feira, 11 de março de 2015

MANDACARU GIGANTE E EXUBERANTE COMO TODA NATUREZA

Lá nas bandas do município de Várzea Nova, na Bahia, mais precisamente na comunidade do Mulungu, na roça do seu Eliandro (apelidado como Gola), um MANDACARU se destaca pela sua grandeza e beleza, criando raízes históricas por décadas. “É o maior MANDACARU que já vi! Dá para encher um caminhão. Mas, melhor preservar, para que ele conte mais histórias nesse sertão”.

O MANDACARU faz parte da caatinga, bioma predominantemente do Semiárido brasileiro, que abriga grande variedade de paisagens e espécies da flora e da fauna. A beleza da caatinga se destaca como símbolo de esperança, resistência e exuberância. O MANDACARU ainda é importante para a restauração de solos degradados, serve como cerca natural e alimento para os animais. A planta espinhenta sobrevive às secas devido à sua grande capacidade de captação e retenção de água.

Também conhecido como cardeiro, o MANDACARU, se diferencia pelo seu formato, mas com tamanho distintos. O nascimento de suas flores simboliza que a chuva chegou na região semiárida e anuncia o fim da seca. A planta pode chegar a atingir cinco metros de altura. De acordo com a definição do Dicionário Caldas Aulete, MANDACARU significa “cacto (Cereus jamacaru) nativo do Brasil, de porte arbóreo, ramificado, com flores grandes que se abrem à noite, típico da caatinga, onde serve de alimento ao gado, e também cultivado como ornamental e por propriedades terapêuticas”.

Assim, espalhado por todo Semiárido, o MANDACARU caracteriza o povo de luta, inteligência e resistência, que buscam conviver com os desafios da região semiárida, e exalta as belezas e diversas possibilidades de ter uma vida de qualidade, por meio das alternativas de convivência no Semiárido. 

          
                  “Mandacaru, quando flora lá na seca                      
É o sinal que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjoa da boneca
É sinal que o amor já chegou no coração
Meia comprida, não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado não quer mais vestir jibão”.



 Robervânia Cunha, Comunicadora da COFASPI

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