Lá nas bandas do município
de Várzea Nova, na Bahia, mais precisamente na comunidade do Mulungu, na roça
do seu Eliandro (apelidado como Gola), um MANDACARU se destaca pela sua grandeza
e beleza, criando raízes históricas por décadas. “É o maior MANDACARU que já
vi! Dá para encher um caminhão. Mas, melhor preservar, para que ele conte mais
histórias nesse sertão”.
O MANDACARU faz parte
da caatinga, bioma predominantemente do Semiárido brasileiro, que abriga grande
variedade de paisagens e espécies da flora e da fauna. A beleza da caatinga se
destaca como símbolo de esperança, resistência e exuberância. O MANDACARU ainda é importante para a
restauração de solos degradados, serve como cerca natural e alimento para os
animais. A planta espinhenta sobrevive às secas devido à sua grande capacidade
de captação e retenção de água.
Também conhecido como
cardeiro, o MANDACARU, se diferencia pelo seu formato, mas com tamanho
distintos. O nascimento de suas flores simboliza que a chuva chegou na região
semiárida e anuncia o fim da seca. A planta pode chegar a atingir cinco metros de
altura. De acordo com a definição do Dicionário Caldas Aulete, MANDACARU
significa “cacto (Cereus jamacaru) nativo do Brasil, de porte arbóreo,
ramificado, com flores grandes que se abrem à noite, típico da caatinga, onde
serve de alimento ao gado, e também cultivado como ornamental e por
propriedades terapêuticas”.
Assim, espalhado por
todo Semiárido, o MANDACARU
caracteriza o povo de luta, inteligência e resistência, que buscam conviver com
os desafios da região semiárida, e exalta as belezas e diversas possibilidades
de ter uma vida de qualidade, por meio das alternativas de convivência no
Semiárido.
“Mandacaru, quando flora lá na seca
É
o sinal que a chuva chega no sertão
Toda
menina que enjoa da boneca
É
sinal que o amor já chegou no coração
Meia
comprida, não quer mais sapato baixo
Vestido
bem cintado não quer mais vestir jibão”.
Robervânia Cunha, Comunicadora da COFASPI
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